A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) anunciou o adiamento por uma semana da fase de apuramento ao Grupo A de qualificação ao AfroBasket 2025, prova que deveria ter lugar em Maputo de 17 a 25 de Fevereiro corrente, na cidade de Maputo. Este adiamento da prova deve-se ao facto de as selecções da Zona VI da FIBA-África terem apresentado dificuldades financeiras para se fazerem presente em Maputo para tomar parte no evento, segundo revelou o Presidente da FMB, Paulo Mazivila.
Por Redacção LanceMZ
A cidade de Maputo deveria a partir deste sábado ser o palco do basquetebol regional no âmbito da qualificação ao Campeonato Africano em seniores masculinos, prova que deveria envolver dez países da região Austral de África, mais as Ilhas Maurícias e Comores, selecções estas que devem lutar pelo única vaga para integrarem o Grupo A de qualificação ao AfroBasket 2025.
Porém, há menos de 24 horas da realização da prova apenas Moçambique mostrou disponibilidade para acolher a prova sendo que os restantes países solicitaram a FIBA-África para baixar a taxa diária de participação de 90 para 60 Dólares americanos por cada elemento, endossando o valor remanescente para a organização da prova ao país organizador.
“Estes países entraram em contacto com a federação para poder reduzir o valor da estadia que é individual fixada em 90 dólares para reduzir para 60, sendo que os 30 dólares da diferença deviam ser assumidos pela FMB, o que não aceitamos por também não termos dinheiro. As federações pediram à FIBA África para assumir essa diferença, mas ela também não acedeu. Por via disso, o Botswana, a Zâmbia e o Zimbabwe retiraram-se da corrida, Comores e Maurícias nem sequer se inscreveram. A FIBA-África sugeriu o adiamento para o mês de Março, mas a FMB não acedeu a esse pedido devido aos custos elevados que já assumimos com a realização da prova, sendo que apenas aceitamos adiar por uma semana”, disse Mazivila.
A FMB refere que já ter incorrido com gastos de organização na ordem de 8 milhões de Meticais, referentes a algumas benfeitorias no pavilhão, preparação da selecção nacional, concretamente com a hospedagem, alimentação e transporte dos jogadores que são de fora da cidade de Maputo.
ÁFRICA DO SUL ÚNICO PAÍS INSCRITO
Por conseguinte, espera-se que a prova possa ter início na próxima sexta-feira, 23 de Fevereiro, contando com a participação da África do Sul que foi a única selecção, a par do anfitrião Moçambique, que manifestou o interesse em tomar parte nesta competição.
“Em condições normais Moçambique deveria qualificar-se automaticamente, é de direito porque os outros países é que tem a falta de comparência. A FIBA-África deixou ao nosso critério se queríamos optar por essa via ou pela realização de mais jogos. Era bom em termos desportivos porque qualificávamo-nos automaticamente, mas ao nível financeiro não é bom para a FMB porque temos parceiros visto que batemos portas para que eles possam vender as suas marcas durante esta competição. Adiar este evento e não poder acolher a próxima janela de qualificação estaríamos a dar um tiro no próprio pé”, disse Mazivila.
Recordar que a etapa de apuramento prevista para Maputo vai apurar a única selecção que vai juntar-se ao Sudão do Sul, Mali e República Democrática do Congo que vão compor o Grupo A de qualificação ao AfroBasket 2025, cuja primeira janela de qualificação está agendada para ter lugar em Novembro do próximo ano, num país ainda por indicar.
ZONA VI COM HISTÓRICO DE FRACA PARTICIPAÇÃO
Refira-se que o histórico na Zona VI da FIBA-África indica que apenas Angola e Moçambique tem registado participações regulares nas fases de qualificação, sendo que na última prova realizada em Fevereiro deferente a qualificação para o AfroCAN-2023 para além do nosso país o evento contou com a presença do Zimbabwe (anfitrião) e da Zâmbia.
Por outro lado, as Maurícias e Comores que deveriam juntar-se às selecções da Zona VI para esta qualificação também estão no silêncio em relação a sua presença ou não na prova agendada para Maputo. (LANCEMZ)
