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Figueiredo demite-se e alerta para ingovernabilidade e interesses obscuros no património do Desportivo

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Ambiente de crispação entre membros da claque Raça “alvi-negra” e a Direcção do Grupo Desportivo Maputo continua na ordem do dia e a produzir novos episódios. O último registou-se na manhã do último sábado, 18 de Junho, em que uma vez mais foi inviabilizada a realização da Assembleia Geral da colectividade centenária. E desta vez foi o Presidente da Mesa de Assembleia Geral, João Figueiredo, a bater com a porta e na hora de saída deixou ficar um alerta: “raça alvi-negra provoca ingovernabilidade do clube e há interesses obscuros no património da colectividade”.  

 

Após a não realização da magna reunião, João Figueiredo enviou o seu pedido de demissão ao Vice-Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo Maputo, António Grispos. Na carta de demissão, Figueiredo apresentou “razões de ordem pessoal” para justificar a decisão, na sequência dos factos ocorridos na Assembleia Geral agendada para sábado último. 

 

“Fundamento este pedido de demissão no quadro global que tem caracterizado as últimas Assembleias Gerais do GDM, e cujos factos são do conhecimento público. Nestes termos, e considerando que não estão reunidas condições mínimas e adequadas para que me mantenha nas funções que com muita honra e orgulho tenho vindo a desempenhar no GDM, informo V.Exa que este pedido de demissão assume um carácter irrevogável e produz efeitos imediatos”, escreveu João Figueredo.

 

Na hora da sua saída, João Figueiredo endereçou uma carta ao Secretário de Estado do Desporto, o actor Gilberto Mendes. Na missiva para Gilberto Mendes, o demissionário Presidente da Mesa da Assembleia Geral do GDM, denuncia um “clima ingovernável com agendas muito pouco claras, cuja cara visível é um conjunto de sócios que fazem parte da claque do futebol e que se designa por ‘raça’. O nível dos representantes desta claque é francamente muito aquém do mínimo para que possamos manter um diálogo minimamente racional”.

 

João Figueiredo acrescenta que "os membros da referida claque boicotam assembleias atrás de assembleias do Clube e não deixem trabalhar quem quer trabalhar em prol do Clube. Mas estes não são, na minha opinião, os verdadeiros mentores. São apenas um instrumento de uma ‘mão invisível’ que comanda à distância e sem nunca dar a cara, um movimento anárquico com objetivos obscuros”.

 

Para o demissionário Presidente da Mesa da Assembleia Geral, este clima está relacionado com o interesse obscuro que estes sócios têm em relação ao património da colectividade, por isso na carta endereçou a Gilberto Mendes deixou ficar um alerta.

 

“Cuidado, porque o que corre nos corredores é que o objectivo final é dilapidar o patrimônio do Clube em prol de negócios imobiliários. Acontece que as instalações da Sede do Clube (e que desperta o apetite das invisíveis aves de rapina) são áreas de concessão cedidas (julgo que pela autarquia) em tempo, e que se destinavam exclusivamente para a prática de desporto nacional. Não deixem vender essas instalações para novos negócios imobiliários. Elas foram cedidas exclusivamente para o prática desportiva”. (LANCEMZ)

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