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Maputo ou Beira acolhem abertura do Moçambola 2023 prova que tem transporte aéreo assegurado

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A menos de cinco dias do arranque do Campeonato Nacional de Futebol, vulgo Moçambola na sua edição referente ao ano de 2023, está por definir o local que vai acolher a cerimónia de abertura do maior evento desportivo nacional. A Liga Moçambicana de Futebol justifica esta situação com o facto de estar ainda a acertar questões ligadas à logística da prova, porém Ananias Couana, Presidente da LMF, assegura que o transporte aéreo das caravanas desportiva está assegurado, apesar da dívida de perto de 46 milhões de Meticais referentes às edições passadas.

 

Por Alfredo Júnior

 

Couana assegurou que no dia 15 de Abril teremos o jogo inaugural da competição, porém afirmou que  “ainda estamos a finalizar aquele que será o jogo de abertura, temos duas indicações de que a cerimónia de abertura poderá ser em Maputo ou na Beira, algo que ficará definido nas próximas horas em que teremos definido o jogo que vai abrir o campeonato”.

 

A demora na definição do jogo inaugural do Moçambola 2023 está relacionada com questões logísticas do local que deverá acolher a cerimónia oficial, referiu o nosso interlocutor.

 

“O sorteio já foi realizado e a marcação da jornada vai acontecer na segunda-feira, 10 de Abril, é sempre assim nas primeiras jornadas em que temos que preparar a questão da logística da prova, mas em termos daquilo que serão os jogos da primeira jornada isso já está definido”, disse Couana.

 

TRANSPORTE AÉREO ASSEGURADO

 

O Presidente da LMF referiu que está assegurada a realização do Moçambola, apesar da dívida reportada a 30 de Novembro de 2022 que situava-se em 89.959.144,00 MT (oitenta e nove milhões, novecentos e cinquenta e nove mil e cento e quarenta e quatro Meticais), sendo que 46.179.099,00 MT (quarenta e seis milhões, cento e setenta e nove mil e noventa e nove Meticais) são relativos a divida para com a transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).

 

“Já temos o acordo com a LAM e é por isso que fizemos o sorteio e a Assembleia Geral, temos naturalmente desafios ligados à necessidade de encontrarmos mais patrocinadores, mas pensamos que as condições mínimas para o arranque do campeonato já estão criadas”, assegurou o Presidente da FMF.

 

Para a realização do Moçambola - 2023, a Liga Moçambicana de Futebol contratará à LAM 2296 passagens aéreas para o transporte de caravanas desportivas nas suas deslocações, para os percursos que abarcam as cidades de Maputo, Beira, Nampula, Tete, Lichinga e Pemba. Contudo, pelo acréscimo efectuado pela LAM, de mais 473 passagens aéreas, devido às deslocações que obrigam escalas em trânsito, a LMF refere que “vimo-nos obrigados a contratar 2769 passagens aéreas”.

 

Couana garante que todas estas passagens serão pagas à LAM, sendo que o organismo responsável pela organização do Moçambola projecta canalizar o valor angariado pela transmissão televisiva da prova (cerca de 26 milhões de Meticais) para o pagamento das passagens aéreas.

 

“Em relação às passagens aéreas não haverá emissão das mesmas à crédito, nós sempre pagamos as nossas passagens, é verdade que o acordo estabelece um preço único para todos percursos, destacando-se rotas adicionais quando há necessidade de escalas, mas nós pagamos as nossas passagens, não há nada gratuito nas deslocações das nossas caravanas desportivas, pagamos a nossa factura a LAM”, disse Couana.

 

IMPOSTO SOBRE COMBUSTÍVEIS PESA MAIS NA DÍVIDA

 

Só com o transporte aéreo a LMF prevê pagar a LAM cerca de 53.7 milhões de Meticais, pelo transporte terrestre vai alocar a cifra de 1.8 milhão de Meticais e pelas despesas com a arbitragem e delegados técnicos o montante de 4.8 milhões de Meticais.

 

“É verdade que temos uma dívida de anos anteriores que estão reportadas nas nossas contas que ainda não foram liquidadas e a grande parte desse valor refere-se ao imposto sobre os combustíveis que está avaliado em perto de 37 milhões de Meticais. Estamos em negociações ao nível do Governo para beneficiarmos da isenção deste valor e depois temos uma parte dessa dívida por pagar a LAM”, revelou o Presidente da LMF.

 

A LMF reconhece a existência da dívida de mais de 15 milhões de Meticais para com os clubes, dívida essa que está inscrita nos seus relatórios e contas apresentadas na última Assembleia Geral, mas Ananias Couana afirma que é uma questão de acerto de contas, tendo em conta que esse valor foi usado em benefício dos próprios clubes.  

 

“Temos uma dívida com os clubes, mas nós utilizamos o valor das transmissões televisivas que deveríamos pagar aos nossos associados para saldar as despesas de transporte aéreo dos próprios clubes para que pudéssemos viabilizar a realização do Moçambola”, afirmou o nosso interlocutor.  (LANCEMZ)

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