desporto mocambicano

Maxacas celebram 103 anos com resgate do clube no horizonte

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O Clube Desportos da Maxaquene celebrou com pompa e circunstância a passagem dos seus 103 anos desde que foi criado a 6 de Maio de 1920. Foi um momento de confraternização da família Maxaca que aproveitou a ocasião para reflectir sobre o actual momento que o clube atravessa, caracterizado por uma crise financeira que reduz a competitividade desportiva de um dos clubes mais titulados do panorama desportivo nacional.

 

Por Alfredo Júnior

 

As festividades iniciaram logo pela manhã de sábado com uma passeata que partiu da sede do clube na baixa da capital moçambicana e que deu a volta o quarteirão do circuito de manutenção física António Repinga, tendo como meta as instalações do clube “tricolor” aonde decorreu uma sessão de aeróbica, para além de uma feira de saúde que decorreu ao longo de todo dia.

 

O ponto mais alto foram as actividades desportivas que decorreram nos vários recintos desportivos do Maxaquene, com jogos de diversos escalões nas modalidades de andebol, basquetebol e futebol.

 

No futebol os sócios e adeptos “tricolores” puderam rever em campo algumas das velhas glórias, de várias gerações, como é o caso de Naldo Ouana, Ferreira, Bebé, Paíto Mucuana, Genito, Almiro Lobo, Gabito, Gonçalves Fumo, Tony Gravata, Mabui entre outros que defrontaram os veteranos do Clube Ferroviário de Maputo que se juntaram à festa.

 

No basquetebol também houve um desfile de antigas estrelas do Maxaquene, tais como Aurélia Manave, Esperança Sambo, Marta Monjane, Delfim de Deus, Alberto de Deus, Khaimane de Deus, Ilídio Caifaz, Ernesto Júnior, entre outros que marcaram épocas de ouro do clube “tricolor”.

 

ATRIBUÍDOS SETE DIPLOMAS DE 1ª ORDEM MAXACA

 

As festividades dos 103 anos do Maxaquene foram também marcadas pela entrega de diplomas de 1ª Ordem Maxaca, atribuída a sete antigos jogadores “tricolores”que se destacaram ao longo de várias temporadas e que contribuíram para a elevação da colectividade ao nível nacional e internacional.

 

Mereceram a atribuição deste diploma, os antigos futebolistas Nuro Americano e Almeida Ubisse, os basquetebolistas Belmiro Simango, Aurélia Manave e Esperança Sambo, os andebolistas Michaque Fumo e Ramira Langa (sendo que esta última também brilhou no basquetebol).

 

Para além do diploma, os homenageados levaram para casa um computador portátil que foi oferecido por um dos parceiros do clube que se juntou às celebrações dos 103 anos do clube. A Direcção Maxaquene prometeu dar continuidade a estas homenagens em todos aniversários do clube. (LANCEMZ)

 

 

“Maxaquene não será mais o mesmo” – Abraão Mianga, Presidente do Maxaquene

  

“Depois de dois anos em que não pudemos celebrar o nosso aniversário devido a COVID-19 este evento permitiu juntar no mesmo espaço sócios, adeptos, simpatizantes, antigos jogadores e os actuais para uma merecida confraternização. Este evento permite que as pessoas saibam que Maxaquene existe, neste dia lançamos a página oficial do Maxaquene, apresentamos os novos cartões de sócios e assinamos novas parcerias, e depois deste evento o Maxaquene não será mais o mesmo. Dentro de duas semanas vamos apresentar um novo projecto que vai permitir alavancar o clube. Para o futebol por exemplo precisamos de reabilitar o campo, precisamos de fazer algumas concessões, não podemos pensar em regressar ao Moçambola nas actuais condições do clube visto que esta prova é bastante dispendiosa, por isso temos que criar condições mínimas para estarmos presentes nessa prova.  Vamos estabelecer parcerias com instituições de formação superior para continuarmos a investir na formação dos nossos atletas. Apelo a todos aqueles que se identificam com Maxaquene para aproveitar os 103 anos do clube para fazer uma reflexão sobre o clube e que estejam cientes de que a responsabilidade de resgatar o clube não cabe apenas a Direcção Executiva”.

 

 “É o reencontro da família tricolor” – Naldo Ouana, antigo jogador e treinador do Maxaquene

 

 “Há que dar os parabéns a Direcção do clube porque proporcionou este reencontro da família “tricolor”, é um momento espectacular e faltam-me palavras para descrever esta celebração. Com esta iniciativa, algo de positivo vai surgir para o Maxaquene que precisava de um evento como este para trazer de volta a família do Maxaquene ao clube e as pessoas corresponderam à chamada feira pela Direcção do clube. Espero que este e outros eventos possam ajudar para que possamos encontrar caminhos para resgatar a mística do clube e contribuir para ultrapassar a crise financeira que o Maxaquene atravessa. Todos juntos poderemos resgatar este monstro do desporto moçambicano”.

 

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