desporto mocambicano

No caso para obtenção do visto: Tiago “traído” por ser Modesto

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Tiago Felipe Modesto Matos é o nome completo do treinador que foi escolhido por Chiquinho Conde para ser seu adjunto nos Mambas. Desde Novembro de 2021 que vinha trabalhando na seleção nacional e o convite para trabalhar pela selecção da terra que viu nascer o seu pai, fez com que acelerasse a sua lua de mel, pois a urgência em vir trabalhar para o país que viu nascer Eusébio acabou por terminar com a “traição” do conteúdo da carta convite feita pela Federação Moçambicana de Futebol (FMF) que solicitava o visto para um treinador que vinha trabalhar no país, mas que as autoridades migratórios deveriam emitir um visto à entrada do país, que normalmente é cedido há quem vem à Pérola do Índico fazer turismo.


Por Alfredo Júnior


Uma fonte próxima ao treinador português que não que falou no anonimato, “para evitar mais polémicas”, revelou ao LanceMZ que a “recusa do visto de entrada e a forma com a FMF lidou com o processo” é que terá precipitado o desfecho deste caso.

 

 

É que a fonte defende que a falha do organismo máximo do futebol moçambicano começou quando a 17 de Maio enviou uma carta para o conhecimento dos serviços de migração moçambicana que informava que Tiago Matos vinha a Maputo a trabalho dando conta que o visado “é treinador Adjunto da Seleção Nacional de Futebol (Mambas)”, ou seja vinha ao país exercer uma actividade laboral “a convite desta Federação”, designadamente o “inicio da preparação das nossas Seleções Nacionais”.

 

Apesar de saber que o procedimento para a obtenção de visto para quem vem ao país a trabalho exige outros passos burocráticos, a FMF informou que “o Visto de entrada em Moçambique, seria obtido a chegada de Tiago Matos no Aeroporto Internacional de Mavalane, e que todas as despesas relacionadas com alojamento, alimentação, saúde e repatriamento seriam da responsabilidade desta Federação Moçambicana de Futebol”.

 

Foi este parágrafo que levou a que o copo de água se entornasse, pois as autoridades migratórias recusaram a atribuição do visto por o pedido não estar conforme, apesar da intervenção da Secretaria de Estado do Desporto que chamada para “apagar o fogo” procurou uma solução que não implicasse a deportação junto do Ministério do Interior que não quis “atropelar os procedimentos”.


TIAGO NÃO EXIGIU TRABALHAR RESIDINDO EM LISBOA


Por outro lado, a fonte que temos vindo a citar desmentiu a informação que foi divulgada pela FMF que referia ao facto de Tiago Matos ter exigido como condição para estar ligado aos Mambas a possibilidade de trabalhar e residir em Portugal. E apresenta factos que refutam esta aludida pretensão.

 

“O Tiago negociou a revisão do subsídio de cerca de 25 mil Meticais que serviria para o arrendamento de uma residência aqui em Maputo, só este facto é indicativo de que tinha pretensão de residir em Moçambique no período que durasse o contrato”, disse a nossa fonte para depois acrescentar que “ele deixou de dar aulas na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa para única e exclusivamente dedicar-se à selecção de Moçambique, portanto é falacioso dizer que ele queria residir em Portugal enquanto treinador adjunto dos Mambas”.

 

A nossa fonte revelou que Tiago Matos não tinha intenção de levar o caso a outras instâncias, porém entregou toda a documentação para os seus advogados para a devida análise e o aconselhamento dos próximos passos a seguir. (LANCEMZ)

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